巴西诗人季俊群中葡双语江南新感觉派《夏至》的诗歌七首
一.夏至(微组)
1.
法桐钉在村口,守望六月
蝉鸣依旧
唯不见,那盏灼燃少年眉梢的流萤
2.
剖开白昼之茧,星芒注满蝉蜕
蛙鸣滚落麦场
晒烫的泥土,绷直金秋起跑线
3.
月牙钩起三十年前池塘——
嫩蕊凝珠颤动
暗纹里,可烙着你遗落的半枚星骸
4.
半杯南国雨,淬入咖啡
年轮倒旋时
六月,在杯底凝成榴色糖霜
二.夏至
镰刀,劈开白昼的疆界
麦芒熔金
烟影淬炼笑纹,沉甸甸烫穿暮色
三. 夏至
烫眉梢,流光淬火
父亲的瘦影
弓着昼夜。捻成垄上
半穗麦芒斜
四.夏至
蒲扇倦了,蝉声锈蚀半规月
星子迸裂成河——
哪一粒碎光,肯渡我向彼岸
五.夏至
蛙声碎。荷叶,可否再张些
——托住"别样红"
为故土笑靥,截西坠的流火
六.夏至
咖啡漩涡沸年轮。时光卷回三十盏
南国雨淬火
六月熔浆凝榴色,滴坠成赤豆沙
七.夏至
青蛙,也为映日荷花而惊讶
别嫌聒噪
它也想为寡淡的故土,再歌一回别样红
【诗人简介】季俊群,又名季军群,浙江青田人,旅居巴西,中国诗歌学会会员,凤凰美州总社社长。作品散见于《人民日报》《中国诗歌》《中国诗人生日大典》《中国当代诗歌大辞典》《东北亚新闻》《世界日报》等。获2017年《辽宁文学》"秋叶红"比赛三等奖;获2017年汉诗联盟首届"蝴蝶杯"优秀作品奖;获2017年度程丽娥写作联盟云帆群星冠亚军大赛十大文学银星奖;获2020年电子科技大学“银杏”主题诗歌大赛优秀奖;获2022年第九届星际诗人奖(十佳华语诗人);获江南新感觉微诗大赛金奖二次,银奖、铜奖若干次。
Segue a tradução completa e precisa para português do conjunto de poemas Solstício de Verão de Ji Junqun, incluindo títulos, conteúdo e breve biografia:
Solstício de Verão (Sete Poemas)
por Ji Junqun
Tradução para Português
I. Solstício de Verão (Microssérie)
1.
Plátanos cravados na entrada da aldeia, vigiam junho
O canto das cigarras permanece
Mas não se vê mais aquele vaga-lume que incendiava as têmporas do jovem.
2.
Rasga-se o casulo do dia, luz estelar inunda a exúvia da cigarra
Os coaxares tombam no eira
Terra ardente ao sol, estica a linha de partida do outono dourado.
3.
O crescente fisga a lagoa de trinta anos atrás —
Botão tenro, pérolas trémulas a tremer
Nas veias escuras, guardarás tu o meio fragmento de estrela lá deixado?
4.
Meia taça de chuva do sul, tempera o café
Quando os anéis do tempo giram ao contrário
Junho coagula no fundo da chávena como geada açucarada de romã.
II. Solstício de Verão
A foice corta a fronteira do dia
Espigas de trigo derretem ouro
Sombras de fumo temperam risos, pesados e quentes, perfuram o crepúsculo.
III. Solstício de Verão
Queima as têmporas, o fluxo luminoso tempera no fogo
A silhueta magra do pai
Curva-se sobre dia e noite. Torce-se em
Meia espiga de trigo inclinada no campo.
IV. Solstício de Verão
O leque de pálmaras cansa-se, canto de cigarra corrói a meia-lua
Estrelas estilhaçam-se num rio —
Que luz fragmentada me levará à outra margem?
V. Solstício de Verão
Coaxares partidos. Folhas de lótus, não poderíeis abrir-vos mais?
— Para sustentar "o vermelho incomparável"
Segurar a chama que cai a ocidente, pelo sorriso da terra natal.
VI. Solstício de Verão
Redemoinho de café ferve os anéis do tempo. O tempo rebobina trinta chávenas
Chuva do sul tempera no fogo
Lava de junho coagula em romã, gota a gota forma pasta de feijão vermelho.
VII. Solstício de Verão
Até a rã se surpreende com os lótus ao sol poente
Não critiques o cacarejo
Também ela quer, pela pátria desbotada, cantar mais uma vez "o vermelho incomparável".
Breve Biografia do Poeta:
Ji Junqun (também conhecido como Ji Junqun), natural de Qingtian, Zhejiang, China, reside atualmente no Brasil. É membro da Associação Chinesa de Poesia e presidente geral da Sociedade Fênix das Américas. Sua obra foi publicada em veículos como People's Daily (RMRB), Poesia Chinesa, Grande Cerimonial de Aniversários de Poetas Chineses, Dicionário da Poesia Contemporânea Chinesa, Notícias do Nordeste Asiático e World Journal. Premiado com:
Terceiro lugar no concurso "Folhas de Outono Vermelhas" da Literatura de Liaoning (2017);
Prémio de Excelência na 1ª Edição do "Copo Borboleta" da Aliança de Poesia Chinesa (2017);
Prémio "Estrela de Prata" (Top 10) no Concurso de Campeões e Vice-Campeões "Estrelas do Grupo Yunfan" da Aliança de Escrita Cheng Li'e (2017);
Prémio de Excelência no Concurso de Poesia com tema "Ginkgo" da Universidade de Ciência e Eletrónica da China (2020);
Prémio de Poeta Interestelar (Top 10 Poetas de Língua Chinesa) na 9ª Edição (2022);
Medalha de Ouro por duas vezes, e várias Medalhas de Prata e Bronze nos Concursos de Micro-Poesia "Nova Sensibilidade de Jiangnan".